Falar sobre como deve ser o perfil de professor não é nada fácil, pois
estaremos fazendo uma avaliação precipitada e desta forma estaremos de certo
modo entrando em muitos detalhes como projetos políticos pedagógicos
diferentes, metodologias diversificadas e até mesmo interferindo no
planejamento de cada profissional. Agora quando o assunto esta relacionado a
importância de estar habilitado para aplicar e/ou desenvolver um trabalho
dentro do ambiente sendo este qualquer que seja, de certo modo esbarramos em
diferentes Leis e regras que determinam qual deve ser a postura deste
profissional. O primeiro passo deste profissional é ele buscar ter um conhecimento consistente para exercer esta
profissão e buscar sempre estar atualizado em diferentes assuntos. Certa vez me
perguntei se “era possível ensinar Artes e até mesmo aprender Artes?” e pude
perceber que se analisado o aprender baseando-se nos aspectos históricos, minha
resposta sem sombras de dúvidas é “sim”, pois temos o período do Renascimento
Italiano que nos proporciona uma noção de artes e de artistas. Partindo deste
contexto percebe-se a importância que tem um professor como transmissor de
experiência, informação e principalmente sendo ele mediador que ajuda seus
alunos a construir, reconstruir, reconhecer, descobrir conceitos ou novos
conceitos, oportunizando-os e provocando novas sensações que ocasionam
transformações nos diferentes aspectos da sociedade. Mas quero ressaltar que
meu “sim” desconsidera diversos fatores sendo eles históricos, social e
econômico do nosso Brasil. Vale ainda ressaltar que não existe um modelo pronto
e preciso, pois estamos lidando com pessoas que tem pensamentos diferenciados
dos demais e até mesmo vivem em ambientes que podem favorecê-los ou desfavorecê-los.
Isto impossibilita o educador seguir passos, modelos e regras, pois acredito
que para o professor transmitir experiências, todo o momento faz-se essencial
desde que considerada a individualidade do ser humano.
Há uma infinidade de
leis, resoluções, artigos, livros e pensamentos que definem e orientam esse
profissional quanto ao que deve ser trabalhado com os educandos tomo como
exemplo os PCNs, as LDBs, ECA e a nossa tão falada Constituição Brasileira. Mas
de nada adiantará se os professores e futuros professores independentemente da
disciplina não conhecer os conceitos fundamentais que proporciona o saber
quanto a disciplina lecionada, pois é isso que aprimorará e agregará novos
conhecimentos, conceitos e valores. É tudo isso que vai gerar amor pelas
“coisas” e dar vida a imaginação, fantasia e desejo. Acredito que a função do
professor não esta relacionada apenas no ato de inferir conhecimento mesmo que
a ele esteja atribuída essa função, mas também é sua a função de gerar e dar
progresso ao conhecimento, para que assim se cumpra o que há estampado na
bandeira do Brasil. O curso de Artes Visuais no qual realizo, extirpou uma
visão primata que eu tinha quanto a formação em Artes Visuais que a meu ver deixava
à desejar devido o fato de o professor cobrar o aluno, mas não “realizar”, não
“vivenciar”, não “praticar”, não “saber”, nos usar como “cobaias” e por não “serem”
artistas. Percebo que o curso me leva a uma consciência mais apurada e
renovadora do que seja ser um professor de Educação Artística atualmente
denominado de Artes Visuais, após as devidas mudanças realizadas para acompanhar avanços e contribuir
para a unificação das habilitações que antigamente seguiam outros critérios
conforme a Lei nº 5.692/71, onde os cursandos tinham que optar sair habilitados
em Artes Plásticas, em Artes Cênicas ou em Desenho, estes não podendo lecionar
em ambas as areas, sendo que a mesma lei se referia a polivalência. Mas o novo
Parecer CNE/CES nº 67/2003 foi aprovado, seguindo uma proposta sistematizada
pela Comissão de Especialistas de Ensino de Artes Visuais da SESu/MEC, "
que defende a formação de profissionais habilitados para a produção, a
pesquisa, a crítica e ao ensino das Artes Visuais" e sua formação deve
contemplar "o desenvolvimento da percepção, da reflexão e do potencial
criativo, dentro da especificidade do pensamento visual". Tal perfil
considera, portanto, que o profissional das Artes Visuais trabalha com um modo
de percepção e conhecimento específico, qual seja, o visual, certamente em
interação com outras formas de percepção e conhecimento, como o verbal e o
sonoro. Atento às tecnologias de produção e reprodução visual, de novas
demandas de mercado e de sua contextualização marcada pela competição e pela
excelência nas diferentes modalidades de formação profissional, possibilitando
uma formação profissional que revele, pelo menos, as competências e habilidades
para exercer essa função. Essas reformulações possibilitaram a substituição
progressiva do antigo curso de Educação Artística para o curso de Artes Visuais.
Isso demonstra que há avanços e progressos que possibilitam esse professor trabalhar
diferentes habilidades e se especializar em ambas as areas possíveis dentro das
Artes, o que de certo modo contribui na formação e perfil dele, ampliando seus horizontes
e atualização, pois devido os avanços tecnológicos o professor terá ampliada sua
função de instruir esses alunos quanto a seleção das informações contribuindo para
a aquisição e propagação de novas habilidades.
Concluo afirmando que
independente da disciplina o professor deve sempre estar se reciclando para
continuar sendo útil dentro da sociedade e não fazendo ele uso do tecnicismo na
sala de aulas, mas desenvolvendo o educando independentemente do nível de
ensino, mas num todo para a vida servindo ele de referência para as futuras
gerações que desejam viver e não simplesmente “sobreviver”.
Estas informações também estão disponíveis em: http://leandrobrodrigues.blogspot.com.br/
.
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